O deputado estadual e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho, questionou a falta de apoio do agronegócio de Mato Grosso em prol das empresas e pessoas que estão passando por necessidades, em especial o segmento de eventos.
Nessa semana, Botelho já havia criticado o agronegócio e voltou a falar que o setor precisa fazer uma grande campanha de apoio social. O deputado disse que é inconcebível que apenas os pequenos empreendedores, principalmente, os do setor de eventos, se esforcem para o combate à pandemia, com a suspensão das suas atividades, sem a devida atenção para que superem a crise econômica causada em decorrência à covid-19.
Botelho conclamou a comissão especial do Observatório Socioeconômico Social, presidida pelo deputado Carlos Avallone (PSDB), para formar uma força-tarefa com os produtores rurais para ajudar.
“Quem está sofrendo mesmo com essa pandemia são os comerciantes, são aqueles do setor de eventos. Esses, sim, estão pagando por todos. Ora, se estão fechados, se estão parados, não é para o bem de todos? É! Então, não é justo que todos paguem essa conta? Ou é só eles e as pessoas que vão perder empregos que vão pagar, enquanto outros estão nadando em berço esplêndido? Não! Temos que fazer justiça. É preciso fazer uma distribuição de renda para o bem de todos. É hora de essas pessoas [grandes produtores] virem à frente e fazer uma grande campanha para arrecadar recursos e ajudar os pequenos empresários e as pessoas que passam fome. É preciso um grande debate contra a fome em Mato Grosso”, disse Botelho, ao lembrar a força do agronegócio, inclusive, quando há interesse de eleger algum representante político.
“A fome assola o povo, no estado mais rico da federação, proporcionalmente, que teve ganhos nessa pandemia, ganhos para poucos, apenas uma parcela de empresários e, sobretudo, os que atuam no agronegócio, mas a grande maioria está passando fome sim. Será que não é hora de entrarmos nisso? Temos recursos na Assembleia e podemos comprar. Agora, o sistema de atendimento das prefeituras está colapsado, não estão fazendo isso de forma eficaz. A Assembleia poderia fazer esse trabalho social. Mas, esbarramos no Ministério Público, estamos fazendo uma consulta no Tribunal de Contas para a compra de cilindros de oxigênio e sacolões. Vamos enfrentar essa luta!” finalizou o deputado.